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Batatinha - O menino revelação do Aeromodelismo


O garoto é fera, e com essa idade, tem tudo pela frente ainda.
Em outubro, o garoto Gabriel Zani dos Santos (de apenas 10 anos), conhecido como Batatinha, participou do IMAC Brasil (realizado em Limeira, São Paulo), no qual enfrentou os melhores aeromodelistas do país, ficando em 2º lugar na categoria “Free Style”, considerada a top entre as categorias, e com a 1ª colocação na “Sportsman”. Seu desempenho foi excelente, o que resultou num convite para se apresentar nos Estados Unidos.

O prodígio foi convidado pelos três juízes norte-americanos que estiveram no Brasil julgando os pilotos no IMAC Brasil — os julgadores foram Dom Hamilton (presidente internacional do IMAC), Carlos Paez (diretor técnico do IMAC e da América do Sul) e Fred Johnson (criador do IMAC e do livro de regras da instituição); nunca um piloto brasileiro com a idade de Batatinha havia recebido tal convite.

Tudo muito bom, tudo muito legal. Entretanto, há um pequeno detalhe (muitas vezes, um detalhe faz toda a diferença). A família de Batatinha não possui dinheiro para a viagem do menino e do pai dele, porque é evidente que ele não pode ir sozinho. Sendo assim, Batatinha está necessitando da solidariedade das pessoas para que não perca essa oportunidade de mostrar toda sua habilidade e, assim, representar bem o nosso país na terra do “Tio Sam”.
Durante a elaboração da matéria sobre o IMAC Brasil 2010, que será publicada na próxima edição da Hobby News (edição nº 74), soubemos que o organizador da competição, José Marcelo D’Andrea (da Limeira Hobby Center), Marcos Francisco Rodrigues (da Marquinhos Modelismo), Roque Avelino (da RC Modelismo) e Eduardo Esteves (da Diniz Esteves) ajudarão Batatinha e seu pai com os custos da ida aos EUA. Na verdade, cada um ajudará de alguma forma, é o que diz Marcos Rodrigues: “Cada um vai ajudar de um jeito. Um ajuda com a passagem, outro ajuda com a montagem do avião... Eu vou ajudar com a montagem do avião lá nos EUA em uma das viagens”.
Embora Batatinha seja piloto da Diniz Esteves/JR, que é sua patrocinadora oficial, ele nem seu pai, Alexandre Zani dos Santos (Batata), têm condições de arcar com todas as despesas de uma viagem como essa, que inclui passagem, hospedagem, estadia, alimentação, montagem do avião nos EUA etc. Portando, ao ver e conferir que o piloto mirim entende mesmo do assunto, José Marcelo em conversa com Roque Avelino pensou: “O moleque tem futuro. Vamos fazer esse moleque estourar, vamos fazê-lo voar nos EUA”. Dessa forma, o motivo que levou José Marcelo e seu companheiro Roque Avelino a patrocinarem pelo menos uma viagem do garoto foi o fato dele pilotar muito bem. “Para nós é legal dar esse incentivo, pelo fato dele ser um excelente piloto e ter apenas 10 anos de idade. Com 14, 15 anos imagina o que ele vai estar fazendo. Pode estar representando o país em eventos internacionais, e vai para ganhar”, conta José Marcelo, destacando a capacidade de Batatinha.
Batatinha foi convidado para disputar 4 competições nos EUA (as principais), em 2011. A pretensão de seu pai, Batata, é de que ele esteja lá em pelo menos duas delas (uma está prevista para o mês de julho), segundo Marcos Rodrigues. Mas, de acordo com José Marcelo, em maio do ano que vem Batatinha já tem uma viagem agendada para os EUA. A JR programou a participação dele num dos maiores encontros de aeromodelismo do mundo em aeródromo de grama, o “Joe Nall Week” (essa competição é uma das quatro para as quais Batatinha foi convidado). E as passagens de ida e volta e outros gastos serão bancados por Roque Avelino e pela própria JR. O “Joe Nall Week” é um encontro, já os outros três - “Tucson Aerobatic Shoot Out”, “XFC” (Xtreme Futuba Competition) e “Overquick” - são competições. Ainda segundo José Marcelo, o pai de Batatinha não decidiu em qual competição o menino participará; porém, a intenção é de que Batatinha participe da “Tucson Aerobatic Shootout”, que, provavelmente, (ainda não há confirmação) será disputada em março.
José Marcelo, que mantém contato direto e semanal com Batata e Batatinha, reconhece que o aeromodelismo é uma prática esportiva que tem alto custo. No entanto, reitera sua intenção, juntamente com Roque Avelino, de dar uma força ao garoto-prodígio do aeromodelismo brasileiro. “Temos essa ideia de fazê-lo competir nos EUA, mas é um esporte caro. Estamos juntos dele para incentivá-lo e, quem sabe, dar um pontapé inicial na carreira dele”, afirma.